Quando a ameaça é repentina

Publicado em 02 de February de 2021 por Comunicação CCI

Dentro da aviação, é dito que um acidente aéreo nunca tem apenas uma causa e nunca o acidente acontece por acaso ou “do nada”.

Pegando esta referência, ameaças nunca ocorrem repentinamente, sempre vão dando indícios, algumas vezes quase imperceptíveis. Ficar atento a estes detalhes é de suma importância, pois vai evitar que sejamos pegos de surpresa por estas ameaças “repentinas”. Quanto mais criamos processos de monitoramento, menos iremos acreditar no “a caso”.

Alguns exemplos disto é a greve dos caminhoneiros do último dia 01 de fevereiro, que acabou não tendo a força que se esperava. Desde dezembro, várias organizações de caminhoneiros já vinham indicando descontentamento e ameaçando greve (só em 2020, segundo o Governo Federal, foram cerca de 16 ameaças). A greve não era uma surpresa para quem já estava monitorando o movimento, assim como o real impacto dela no país.

Outro exemplo, este muito triste, foi o caso da barragem de Brumadinho. Segundo algumas reportagens, a Vale já tinha ciência das fragilidades, mas as medidas tomadas foram insatisfatórias.

Ameaças não acontecem ao acaso, elas dão dicas, pistas de que vão ocorrer, mas quando ignoramos elas, ou adotamos medidas simplistas e paliativas para tentar mitigar o risco, o impacto da ocorrência do evento, pode ser catastrófico.

Defendo o monitoramento constante dos riscos já identificados, mas principalmente, criar ferramentas (como auditorias e revisões) para tentar identificar o quanto antes novas ameaças ao negócio e tratá-las antes mesmo de tornar-se um risco.

Monitoramento, avaliação e correção constante. Risco não surge do nada, mas gosta de assustar.

 

Felipe Correia Martins
CEO

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