O “novo normal”, termo cunhado em 2020 para designar a nova forma de trabalho, mais descentralizada, on-line, focada no homeoffice e distante dos colegas de trabalho, criou uma cultura organizacional, que deve ser analisada na ótica da gestão de crises e riscos de forma mais criteriosa.

Muitas empresas ainda mantêm, sem prazo definido para o retorno, o homeoffice de basicamente toda a empresa. Em uma crise estabelecida, a comunicação na cadeia de comando da empresa, é fundamental e com o formato atual de comunicação adotado pelas empresas atualmente, basicamente 100% digital e distante, a gestão de crises e riscos passa a ter um desafio a mais para se comunicar com toda a empresa.

A comunicação, peça central da gestão de crises e riscos, pode ser muito prejudicada com este novo formato de trabalho, haja vista que muitas localidades não possuem cobertura celular ou sequer internet, além de várias regiões possuírem acesso limitado à internet ou até mesmo internet de péssima qualidade, atrasando ou até mesmo prejudicando o envio e recebimento das informações para decisão.

Outro desafio é com as novas ameaças, principalmente ligadas a segurança cibernética e proteção de dados da empresa. Com vários times trabalhando on-line, o risco de vazamento de informações, invasões e sabotagem, tendem a ser maiores, além do risco ligado à imagem da empresa, que pode ser exposta (intencionalmente ou não), por um colaborador em redes sociais ou fóruns de internet.

A nova realidade em que estamos inseridos profissionalmente, trazem novas oportunidades e novas ameaças. Precisamos estar focados sempre na prevenção, checando os procedimentos, auditando os processos e atualizando-os sempre.

Esta nova realidade apenas antecipou certas mudanças e cabe a nós, gestores de crise e riscos, adaptar-se a ela e criar maneiras eficientes e prevenção e resposta.